A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sexta-feira, 31 de julho de 2009

JUSTA HOMENAGEM

Expedito Marazzi e seu VW D3 .



III ABC Old Car – Antigos no Campus

Um tributo ao jornalista Expedito Marazzi!

A partir dessa edição, a exposição que acontece no Campus da faculdade Mauá, em São Caetano do Sul, passa a premiar o melhor carro nacional com o troféu em homenagem ao jornalista que desenvolveu o método de teste usado em revistas especializadas.

Outra novidade da terceira edição do ABC Old Car & Parts – Antigos no Campus, que acontece nos próximos dias 31 de julho a 02 de agosto próximo no Campus da Universidade Mauá, em São Caetano do Sul, é que a partir desta edição, a exposição passa a destacar o melhor carro nacional da mostra com o Troféu Expedito Marazzi. O prêmio foi criado para homenagear um dos grandes nomes do jornalismo especializado automotivo e que teve sua vida marcada pela paixão e envolvimento com o mundo dos automóveis. “A sugestão da homenagem partiu de Paulo Sergio Rodrigues, conhecido colecionador de São Paulo e foi imediatamente aceita por nós” afirma Ervin Moretti, coordenador do grupo de premiação. Na opinião de Paulo, a história de vida de Expedito Marazzi é de alta relevância para a industria nacional.

Acolhido e autorizado pelo filho Gabriel, também jornalista e colecionador, o Troféu será vitalício no evento. Marazzi, como ficou conhecido, teve seu primeiro contato com o mundo dos automóveis aos quatro anos, quando esteve presente na inauguração do Autódromo de Interlagos, em 1940. Aos dezessete anos começou a competir escondido do pai, usando um MG. Descoberto, teve que desistir da carreira. Quando voltou às pistas, dez anos depois, já era repórter da revista Quatro Rodas, onde permaneceu entre 1962 a 1974.

Marazzi foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento e criação da linguagem de testes e avaliações de automóveis e motocicletas, uma metodologia usada até hoje pelas revistas brasileiras que buscam levar uma informação mais detalhada dos veículos aos seus leitores. Ao deixar a Quatro Rodas seguiu para a Editora Bloch, escrevendo para as revistas Manchete e Fatos & Fotos, sempre sobre automobilismo e motociclismo. Também editou as revistas Auto Esporte, Motor Três e finalmente a Caminhoneiro.

Marazzi tem outros feitos em seu currículo. Foi dele, por exemplo, a iniciativa de criar no Brasil o primeiro curso de pilotagem, em 1966. O Cursa Marazzi de Pilotagem de competição foi inspirado no curso ministrado na Itália por Piero Taruffi e as aulas práticas aconteciam no Autódromo de Interlagos e funcionou até 1998, quando mudou a razão social para Centro de Pilotagem do Roberto Manzini. Graças ao seu conhecimento e simpatia. Marazzi circulava em todas as rodas do automobilismo e foi amigo de muitos pilotos importantes, como Emerson Fittipaldi, entre outros. Expedito Marazzi faleceu em dezembro de 1988 em acidente automobilístico em pleno exercício da profissão. Testando um caminhão.

Troféu Lenker - Todos os automóveis que serão destacadas pelo corpo de jurados vai receber um troféu especial desenhado e produzido pela Lenker, conceituado fabricante de volantes especiais. Em homenagem à empresa, apoiadora dos eventos de autos antigos, a organização decidiu dar o da premiação de Troféu Lenker. A peça é uma verdadeira obra de arte. Trata-se de um mini volante de 17 centímetros de diâmetro, baseado no modelo clássico LT, de quatro hastes, produzido em escala normal e em série pela empresa. “Para nós é uma grande honra produzir e dar o nome ao troféu, pois ele representa para seu ganhador o reconhecimento de um trabalho de alta qualidade, exatamente como é a filosofia da nossa empresa”, salienta Miguel de Mauro, empresário e dono da empresa.


VEJA MAIS INFORMAÇÕES NO SITE WWW.ABCOLDCAR.COM.BR

terça-feira, 28 de julho de 2009

CHEIRO DE CANO DE ESCAPE


Recebi do jornalista Ari Moro alguns exemplares do jornal " CHEIRO DE CANO DE ESCAPE " exelente , lá ele escreve sobre diversos assuntos , antigomodelismo , aeromodelismo ,motociclismo , enfim um jornal completo onde ele mostrava toda sua competência .

Neste artigo ele mostra a "carreteira " de Paulo Buso , vencedora da prova Centenário de Curitiba , vencida por ele em sua corrida de estreia em 11 de Outubro de 1953 .


Sua carreteira Ford era equipada com um motor Mercury 1951 , com coletor para três carburadores , tampa de válvulas Edelbrook , cambio de três marchas e diferencial do Lincolmn Zephyr , totalmente rebaixada . Para esta corrida levava como co-piloto Reinaldo Tomasi cujo apelido era " Chupa Ovo ".


Eis o relato da corrida de Paulo Buso feito para o jornalista Ari Moro .
" Larguei em ultimo lugar , mas , depois de 8 voltas já estava alcançando os ponteiros , que eram Aroldo , Perereca , Chico Saide e Argemiro Preto , este correndo com um Cadillac 1940 cupê . Mais umas voltas e peguei a ponta para não deixa-la mais , vencendo a corrida . Um dos meus trunfos era que , eu ultrapassava os demais competidores nas curvas ,pois sabia faze-las melhor . Sempre ultrapassava-os por dentro . Lembro-me que era uma tarde de muito sol e publico numeroso . Quem deu a bandeirada de chegada foi Anfrísio Siqueira , responsável pela comissão de corridas do Automóvel Clube do Paraná . Como vencedor da Copa Centenário , recebi prémio em dinheiro , medalha e um diploma , este entregue pelo então Governador Bento Munhoz da Rocha Neto "
Ari completa , O diploma recebido do Governador , que Buso ostenta com orgulho , diz o seguinte , inclusive acrescentando um "s" ao seu sobrenome : " Automóvel Clube do Paraná - Outorgado Sr Paulo Busso , que com automóvel marca Ford obteve a primeira colocação na prova Centenário do Paraná , realizada em 11 de Outubro de 1953 . Curitiba 12 de Outubro de 1953 ." O documento é assinado por Alceu Cominese- Presidente- , e Luiz Gastão Cominese - Secretário daquela instituição .
Caro Ari , não tenho palavras para agradecer a você esta bela página do automobilismo Paranaense e Brasileiro que você mostrou com tanto carinho e competência . Obrigado .
P.S. Paulo Buso faleceu em Fevereiro de 2005 , sua filha Miriam Buso guarda com carinho sua carreteira .

terça-feira, 21 de julho de 2009

ESTREANTES E NOVATOS 1971

Recebi do José Martins um e-mail super , ele conta que ao ver a foto acima teve saudades do antigo traçado de Interlagos . Ele havia me enviado esta foto uns meses atrás e para nós é realmente saudoso olhar aquela pista antiga , principalmente os detalhes . Não existe mais a "UM" "DOIS" "TRÊS" muito menos esta curva sensacional a "FERRADURA" com sua primeira perna , feita por alguns de pé embaixo e a segunda perna que exigia uma freada bem forte e redução de marcha . Me enviou também um recorte da Folha da Tarde de 26 de Julho de 1971 , com toda cobertura que os jornais da época davam às corridas . Expandindo os jornais podemos ver que naquele dia também correram as motos , ganhando o Tucano com o Tognocchi em segundo e nosso saudoso amigo Expedito Marazzi em terceiro . Não corri este dia , e lendo o jornal lembrei de um monte de pilotos que correram neste ano de 71 na estreantes e novatos conosco .









Nas fotos do jornal vemos as bandeiradas ao Tucano , José Martins e José Maldonado , vencedor da segunda bateria na prova de estreantes e novatos , depois da quebra do Martins e do Jacob Kourozan .
Largada vê-se o Opala na primeira fila na segunda o Martins , pela tomada da ponta na primeira volta e aquela foto da "FERRADURA" devia estar com a "faca nos dentes ".



Aqui o Martins já na ponta com um outro amigão a persegui-lo , Jacob Kourozan e seu Lorena GT .

Um momento que todos nós esperamos , a bandeirada da vitória na primeira bateria . Provavelmente das mãos de Eloi Gogliano .

segunda-feira, 20 de julho de 2009

PLANETA-FUSCA

Lá em Fortaleza o Fred vai promover o 1º Encontro Nacional Planeta-Fusca , vai ser imperdivel , pelo que tenho visto nos encontros mostrados pelo Fred tem uma quantidade grande de bons caros por lá . Me parece que vai haver até a eleição da Gata- Fusqueira!!!!!!

Quem tem e gosta de Fusca não pode perder , ir ao Encontro e ainda ver Fortaleza .




sábado, 18 de julho de 2009

Édo

O Lorena Gt Stachinni nas 12 Horas com Édo e Freddy .
Nas 12 Horas , tocando forte .

Aqui o Snobs , atrás Freddy O`Hara e o Lorena GT . Corrida de 1970 .



Conheci o Édo em 1971 , quando disputamos um torneio de estreantes e novatos promovido por Expedito Marazzi , corri na D 1 e ele na D 3 com seu Lorena GT , grande cara , figuraça , inesquecivel . O Freddy conheci anos mais tarde em Campos do Jordão , ele entra em minha casa e diz " Rui ,vim te conhecer " e eu " você é o grande Freddy O´Hara " como conta o Édo a seguir ele era o rei dos flahs das câmaras de TV , ficamos amigos , um grande cara , faz falta .
O depoimento a seguir está no site Lorena GT que conta a história deste fantástico carro .

Depoimento de Dwight Edson "Édo"Roosevelt Lemos

"Nas 12 horas o Freddy arranjou uma carroceria do Lorena (Leon) e o Mauro Stachinni que tinha uma oficina entrou com a montagem do carro e eu fui convidado para pilotar. Na época havia prémio para os 6 primeiros de categoria que fizessem os melhores tempos e completassem a prova. Então, como fiz o 3º melhor tempo, ganhamos o prémio de largada, com o mesmo tempo do Furia FNM 2150 da Camionauto, pilotado pelo Jaime Silva e Ugo Galina.
O Freddy tinha um programa de TV, em Salvador, BA, e fugiu com uma moça cujo pai não aprovava o namoro, e com a qual se casou, e teve filho. Com aquele fama de artista, ao invés de correr ficava dando entrevistas para a mídia. Assim eu corri 9 das 12 horas e ainda vim rodando de Interlagos até a Rua da Consolação na Oficina Stacchini, onde fui retirado do carro sentado porque não consegui me erguer!!! ahahahah!!!!" (Édo)
.
Este depoimento ele me enviou ontem .
.
"Rui , la vai uma historinha:
Nessas 12 horas tem uma bem gozada: o ,Osvaldo Barros quebrou na entrada da curva 4 circuito antigo , se enfiou no no motor ,do JK pra tentar consertar , acontece que o capô do Jk so abre parte, parece a boca de um Jacare dai; toda vez que eu passava , tirava uma fina dele que se assustava levantava rápido e tuuuuum batia a cabeça no capô,terminou a corrida com um monte de galos e eu com minha mãe elogiadissima'. "
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Ao Édo piloto/pizzaiolo meu grande abraço . Ao Freddy nossa lembrança .

Fotos e 1º depoimento http://www.webng.com/lorenagt/5-provas-71-04.htm

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Puma de José Martins Junior

José Martins Jr e seu Puma .
Saudades , um Opala em 1º logo a seguir o Puma , curva da "Ferradura" o Interlagos original.

Estou devendo uma visita ao José Martins , dividi com ele alguns grids no ano de 1971 , ambos éramos "Novatos" . Ele alguns anos mais velho , havia comprado o Puma 48 ex M.M carro feito com muito carinho e que se não me engano era pilotado por Fredy Jorge e Angi Munhós . A primeira vez que corremos juntos foi no "Torneio União e Disciplina " no mes de Junho de 1971.
Seu carro um "foguete" , nesta corrida seus principais adversários eram os VW D3 da Kinko , um pilotado pelo super simpático Japonês Hiroshi Yoshimoto , como ele bem mais velho , e o outro por Paulo Condracti . O José Maldonado que venceu este ano o "Ranking Autoesporte" , Alfredo Guaraná Menezes e eu pilotando um carro alugado da equipe de Pedro Victor Delamare . Não sei se foi a primeira corrida vencida por ele , depois ele venceu várias corridas com seu Puma . No "Festival de motores" com duas corridas ele venceu a primeira e o José Maldonado a segunda , quebrei em ambas . Espero logo encontrar o Martins para bater um longo papo e relembrar as histórias de meu amigo piloto/dentista .

Torneio União e Disciplina Junho de 1971
1º José Martins Jr Puma nº 48
2º Hiroshi Yoshimoto VW D 3
3º Paulo Condractki VW D 3
4º José Maldonado VW D 3
5º Alfredo Guaraná Meneses VW D 3
6º Rui Amaral VW D 3


Fotos arquivo José Martins Jr .

quinta-feira, 16 de julho de 2009

RESGATANDO A HISTÓRIA



Uma das incriveis criações do Fabio Poppi , a 50 de Azzalin/De Maio .



Elisa Asinelli do Nascimento .




Dia 7/7 recebo do Fabio as incríveis fotos de carreteras , dos 500 Km de Porto Alegre fiquei horas olhando as fotos , maravilhado . Fiquei pesquisando e não encontrei muito a respeito da corrida , mandei um e-mail ao sempre presente Carlos de Paula e fora os primeiros colocados ainda fiquei sem saber muita coisa .
No dia 8 /7 encontro no site da ANTYQUA um texto sobre carreteras escrito por Graziela , e deixo um recado no site . Recebo no dia seguinte um e-mail super gentil da Elisa me fornecendo o e-mail da Graziela . Entro imediatamente em contato com ela .
Em sua resposta ela me surpreende , seu pai Nelson Marques Rocha é um aficionado pelas carreteras e sua mãe sobrinha de Orlando Menegaz . Imediatamente , faço a postagem das fotos para que ela e Sr Nelson me contem sobre a corrida . A esta hora eu já tinha pertubado bastante meus amigos Fábio e Carlos e falando ao telefone com a Elisa e depois com a Graziela resolvi convida-la a escrever sobre a corrida , ela aceitou de pronto . E ainda iria contar com a ajuda de seu pai Nelson , "uma enciclopedia de automobilismo" . Nesta altura já mais tranquilo vou dar uma espiada no blog do Carlos , tomei um susto , ele havia colocado uma postagen indicando em meu blog as fotos das carreteras , choveu gente de todo mundo . Ainda conversei com o Paulo Peralta que me esclareceu que o VW PORSCHE que correu era do Gaúcho Haroldo Dreux . Os dias 9/10 e 11 foi uma troca constante de conversas com a Graziela , devo te-la perturbado "um pouco" , mas valeu a pena quando li seu belo relato , seu e de seu pai Nelson , da corrida . A meus amigos Fábio e Carlos duas pessoas fabulosas , deixo meu abraço . A Elisa Asinelli do Nascimento , meu muito obrigado . A Daniel Winik piloto destas incríveis máquinas e que muito ajudou com suas lembranças deixo um forte abraço e fico aguardando suas histórias .
A Graziela e Nelson Marques da Rocha meus novos parceiros , a honra de te-los comigo .

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Orlando Menegaz


Quem foi Orlando Menegaz
Nasceu em 16 de agosto de 1918, no interior de Caxias do Sul-RS.
Disputou e venceu várias provas.
Venceu duas vezes as Mil Milhas Brasileiras em Interlagos-SP, uma em 1957 quando fez dupla com Aristides Bertuol e a segunda em 1961, em dupla com Ítalo Bertão.

Curiosidades deste audaz e corajoso piloto
- Sua primeira prova foi em marcha ré, no perímetro urbano de Carazinho-RS, com média de 55 Km/h;

- foi o primeiro piloto a usar cinto de segurança abdominal (tomado 'emprestado' de um avião DC-3 da Varig em vôo de Chapecó-SC à Passo Fundo-RS, por seu sobrinho Nelson Marques da Rocha). Seus colegas recomendaram que não o usa-se, pois em caso de acidente ele estaria 'amarrado'. E o perigo de incêndio era muito grande;

- a famosa carretera Chevrolet/Corvette de números 9, 4, 24 e 1 desafiada para correr contra um cavalo, de Vacaria-RS, na distância de 100 metros. Após vários testes, Orlando não topou a parada, ele soube antecipadamente do tempo do eqüino... A aposta era polpuda;

- Orlando com a poderosa carretera Chevrolet/Corvette foi desafiado por Daniel Winik que correria a pé desde que Orlando largasse de 'capivara' (virado ao contrário). Ninguém explicou nunca o porquê do nome.
Local da largada ponte do Passo até o posto de gasolina na Avenida Brasil a subir, na distância de mais ou menos 300 metros. Tiro dado, os contendores foram à luta. Resultado, Winik ganhou com Orlando nos seus calcanhares.

As vitórias que mais ecoaram foram:
- novembro de 1957: Mil Milhas Brasileiras (Interlagos), vencida por Orlando Menegaz e Aristides Bertuol com a Chevrolet/Corvette de Bertuol representante, de Bento Gonçalves-RS;

- Circuito Centenário de Passo Fundo em 02 de fevereiro de 1958;

- Circuito Festa da Uva em 09 de março de 1958;

- Circuito Automobilístico de Melo (Uruguai) em 30 de março de 1958 - onde tinha prêmio por largada;

- VI Mil Milhas Brasileiras (Interlagos) em 25 e 26 de novembro de 1961, vencida por Ítalo Bertão e Orlando Menegaz com a Chevrolet/Corvette da dupla passo-fundense;

- III 500 Km de Porto Alegre em 1962;

- Orlando Menegaz foi o único piloto interiorano, a ganhar duas vezes as Mil Milhas Brasileiras de Interlagos, a prova mais importante do País.

A Evolução do Motor de sua Carretera
A carretera Chevrolet melhorou muito com o cabeçote WAINE, mas deu salto importante quando usou motor V8 Chevrolet/ Corvette. Passando a ser candidata a vitória em todas as provas que disputou.

A grande mexida no Chassis/Carroçaria
Aconteceu com a vinda do exímio piloto argentino Juan Galvez, que disputou o 8º Circuito da Pedra Redonda - Porto Alegre, em 14 de julho de 1957 e que ganhou com sobras com carretera Ford. Terminada a prova, os pilotos gaúchos e a imprensa assimilaram o que o 'hermano' ensinou: "Hay que sacar hierro".

Como ficou a Chevrolet Coupe 1938
Aliviada (foram retirados mais de 300 kg de ferro, principalmente do chassis e carroçaria, abaixo de furadeira elétrica portátil e brocas afiadas), com motor e caixa Corvette e diferencial blocante, de picape Chevrolet.
Ela foi preparada pelos mecânicos passo-fundenses: José Moreno (Sudeto), Oribes Marques Rosa e Jaci Bonatto (Cabo).


Graziela Marques da Rocha
Passo Fundo-RS

Primeiro 500 Km de Porto Alegre - Circuito da Pedra Redonda - 1958

Amanhece o domingo, vento minuano havia dado trégua, para esta que seria a primeira prova dos 500 Km de Porto Alegre que se tornaria um clássico do automobilismo gaúcho.
A cidade estava movimentada com porto-alegrenses e o público vindo da região e outros Estados.
Os ânimos exaltados, adrenalina em alta, agitava e muito os pilotos, mecânicos e preparadores. Seria o primeiro, grande e belo confronto entre os paulistas e gaúchos após os incidentes da final das Mil Milhas Brasileiras de 1957. E ainda com a participação dos ‘hermanos’ exímios pilotos argentinos e uruguaios o que só engrandeceria esta.
De São Paulo vieram os pilotos Camillo Christófaro, Celso Lara Barbéris, Chico Landi, José Gimenez Lopes e Luiz Margarido.
Os gaúchos que participaram, Aristídes Bertuol, Catharino Andreatta, Ítalo Bertão, José Asmuz, Nacticvo Camozzato, Orlando Menegaz entre outros.
Os argentinos Juan Galvez e Felix Peduzzi e o uruguaio Rômulo Buonavoglia entre outros.
Os treinos de sábado foi de muita emoção e tristeza, o piloto José Gimenez Lopes, bateu em uma árvore destruindo sua Chevrolet N° 82 tirando também Chico Landi.
A prova consistia em 40 voltas no Circuito da Pedra Redonda. A largada foi às 8h e 45min, com Barbéris na ponta, sendo logo ultrapassado por Orlando Menegaz, fazendo a segunda volta com média de 140 km/h, em sua cola Juan Galvez e Aristides Bertuol. Que superou com maestria Galvez, dando início a um duelo entre os gigantes gaúchos com suas possantes Chevrolet/Corvette N° 24 e N° 4.
O ritmo forte fez com que Menegaz abandonasse a prova na 25ª volta, com problemas no diferencial. Os pilotos que já se encontravam fora desta eram Galvez, Barbéris, Christófaro, Catharino, Felix e Menegaz.
Peduzzi capotou na Praça da Tristeza, saindo também da prova, mesmo assim teve muita sorte pois não teve nenhum ferimento.
Nactivo Camozzato, que vinha em segundo lugar, assumiu a liderança da prova ultrapassando Bertuol que tentou alcançar Camozzato, na 26ª volta Bertuol, perde o controle de sua carretera N° 4, batendo forte em uma árvore e ficando entalado entre duas outras, na rótula da Caixa d’Água de Ipanema. Camozzato conquistou a vitória com bravura.
A prova que iniciou com 19 pilotos, acabou com apenas 6, se tornando num festival de carreteras quebradas e acidentes. O Circuito da Pedra Redonda exigia muita habilidade dos pilotos e resistência das máquinas.

Curiosidades sobre esta prova:

- Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4, que tinha câmbio de quatro marchas para frente e a ré embaixo, como se fosse um afogador, ao ser dada a largada não viu que estava com a ré engatada e largou de marcha ré. Por sorte não bateu em nenhum concorrente, mas teve de ser dada uma segunda largada;
- Aristides Bertuol e Orlando Menegaz, cada um com sua respectiva Chevrolet/Corvette , apostaram Um Milhão de Cruzeiros para ver qual deles seria o vencedor. Quando Daniel Winik e outros pilotos ficaram sabendo rasgaram o cheque, pois isto levaria-os a pilotarem em extrema alta velocidade que poderia ocasionar grave acidente.


Agradeço ao amigo Rui Amaral Lemos Jr. pelo convite para escrever sobre esta tão importante fase do automobilismo gaúcho. A Fabio Poppi que nos presenteou com as fotos e a Carlos de Paula que nos apoiou. Aos amigos Daniel Winik, único piloto passo-fundense de carretera, ainda vivo e meu pai, Nelson Marques da Rocha, ambos enciclopédias vivas que me auxiliaram neste.

Graziela Marques da Rocha
Passo Fundo-RS




Aldo Costa com sua Ford N. 12 - ao completar a prova

Quadriculada vai para...


Rótula da Caixa d'Água

Diogo Ellwanger com sua Ford N. 22 - descida para a curva da Pedra Redonda



Saída da Praça Tristeza, Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4 atrás de Menegaz com sua Chevrolet/Corvette N. 24

Camozzato com sua Ford N. 6

Emoção na largada

Momento da largada!

Cantando o Hino Nacional - antes da largada

Momentos antes de alinharem

Chevrolet N. 3 de Peduzzi

Ítalo Bertão que correu com a Ford N. 48 de Daniel Winik

Buonavoglia com sua Ford N. 53

Ford N. 50 de Luiz Américo Margarido com Chico Landi (a esquerda) e Celso Lara Barbéris (a direita)

Ford 1 e Juan Galvez a direita

Ford N. 18, a Gilda, de Nicanor Ollé

Ford N. 30 e ao fundo Ford N. 53 de Buonavoglia

Carretera Chevrolet N. 16 de João Galvani

Carretera Ford N. 52

Orlando Menegaz com sua carretera Chevrolet/Corvette N. 24

Carretera Ford N. 5

Aristides Bertuol com sua Chevrolet/Corvette N. 4

Carretera Ford N. 6 com Camozzato a esquerda

Carretera Chevrolet N. 82 de Chico Landi

quinta-feira, 9 de julho de 2009

I 500 KM de Porto Alegre 1958