A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quarta-feira, 10 de março de 2010

SORTE...


Hoje comecei a pensar na sorte, e o que ela nos trás, vi tantos pilotos medíocres tendo uma carreira longa e tantos outros verdadeiramente velozes, apaixonados pelo esporte, que mal conseguiam colocar seus carros na pista, ora faltando patrocínio ora com o patrocínio que não dava para fazer um carro competitivo. Fora alguns que mesmo sem forçarem seus carros quebravam ou tinham algum outro tipo de contratempo.
Jim Clark e a Lotus 33.

Jim Clark bi Campeão do Mundo de Formula Um poderia ter ganho mais no mínimo três campeonatos , mas suas quebras eram banais e assim deixou de vencer muito mais do que venceu.
E Chris Amon, pilotasso venceu em todas categorias em que participou, Campeão da Copa Tasmânia com inúmeras vitórias em anos seguidos, até na frente de Jim Clark. E na Formula Um apesar de pilotar carros de ponta nunca conseguiu uma vitória, tendo o cumulo da falta de sorte de perder uma viseira de seu capacete quando estava na ponta em Monza.

Stirlin Moss e a Maserati Birdcage.
Já Stirling Moss apesar de vencer inúmeras corridas de Formula Um e outras categorias, nunca foi campeão de F I.

Jochen Rindt de Cooper e Lorenzo Bandini de Ferrari.
Outro foi Jochen Rindt, rápido outro super piloto e quando chegou o tempo de colher os frutos de sua carreira bate na Parabólica, na mesma Monza e acaba Campeão póstumo de Formula Um em 1970.

Chico Landi e sua Ferrari amarela Silverstone 1952.
Ainda hoje procurando na Internet sobre Chico Landi, achei no Nobres do Grid uma citação sua que li talvez uns trinta anos atrás mas que traduz o que é mais necessário a um piloto para ter sucesso. Ele que tinha tudo para ser nosso primeiro campeão de Formula Um deu o seguinte depoimento:
“Estávamos todos nós – Fangio, Villoresi, Ascari, Nuvolari e outros, reunidos num bar, conversando, quando um jornalista italiano perguntou a cada um de nós, o que era preciso para vencer uma corrida. Quase todos afirmaram que era preciso 50 % do carro e 50 % do piloto. Eu fui o último a responder, e disse que é preciso três coisas: sorte, depois, mais sorte; e, finalmente, muita sorte”. Chico Landi.( NOBRES DO GRID)
Acreditem tive o privilegio de andar com seu Chico na mesma pista, foi em Interlagos acho que em 1971, eu treinava para corrida de Estreantes e Novatos com meu VW D3 quando um veloz carro passa por mim, acho que era um META 20, pilotado por ele.

Teleco Esteantes e Novatos 1972.


Muitos amigos meus foram campeões em varias categorias, outros ótimos pilotos não conseguiram, como foi o caso do Teleco. Quando ia ter um carro de ponta para disputar os campeonatos Ingleses de Formula 3 faltou patrocínio e sua careira ficou por aí.

Eu na minha modesta e bissexta carreira de apenas umas vinte e cinco corridas em sua grande maioria na D3 nunca tive uma grande sorte.

Que me lembre terminei duas corridas em 1971, mais uma em 1972, acho que uma em 1978 e três na TEP- D3 em 1982. Portanto devo ter quebrado em no mínimo dezenove corridas. Quebras bobas, como em 1982 quando ia brigar pela ponta na saída do “Sargento” me quebra um eixo do balanceiro. Uma peça simples e difícil de quebrar, me deixou a pé. Quantos motores estourei por bobagens, nas Mil Milhas de 1984 um simples filtro de óleo jogou por água abaixo nossa corrida e por aí vai...
È seu Chico o Sr. foi grande e sábio.
Chris Amon e Ferrari.

A opinião de meu amigo Henrique Mércio sobre o mesmo tema.
Concordo que a sorte é um fator de muita importãncia no pacote que forma um piloto (Com sorte, atravesso o mundo; sem sorte não atravesso a rua, diz-se). Naturalmente, os nomes que citaste são de homens que não eram exatamente sortudos...mas discordo quando apontas Chris Amon como um "azarado". Uma vez Mario Andretti disse que se Amon virasse coveiro, as pessoas deixariam de morrer. Exagero do Mario, pois Amon sobreviveu a um dos períodos mais duros do automobilismo, onde havia um expressivo número de baixas por temporada, algo em torno de 2 a 3 só na F1. Pois Chris está aí. Ele sobreviveu para contar sobre alguns sujeitos dados como "de sorte" e que se foram antes dele. Mas não creia que eu estou dizendo "a sorte não existe". Porque ela existe. Eu a vejo como uma bela e caprichosa jovem, que deve ser tomada e subjugada e mantida prisioneira.


EM QUALQUER ESPORTE, TEM DE ESTAR DE MÃOS DADAS COM A SORTE.
Jr Lara Campos.

6 comentários:

  1. Também penso desse jeito...mas também acho que a sorte está muito relacionada com "fé"!Não importa qual é a crença mas acho que a fé dá animo a sorte!!
    Adoro seus textos!
    Quando tenho um tempinho corro pra cá para apreciar seu blog!
    Beijão

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  2. Oi Rui otima postagem, falando em sorte...cito isso em meu blog "em qualquer esporte tem de estar de mão dadas com a sorte".
    abrs

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  3. Amigo Rui,

    Cada dia voce se supera mais e mais na arte de nos informar e entreter com sua fantásticas matérias. Não importa se voce quebrou dezenove vezes, mas como meu pai sempre me dizia e dava o maior incentivo nos meus anos dourados em que pouco me aventurei em Interlagos era: Filho o que importa é que voce esteve lá; e só isto já é uma grande dadiva de Deus, "ter estado lá e agora aqui para nos contar".

    Abs,

    Fernando

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  4. Obrigado Leandra e Hiper Fernando e Jr já coloquei uma foto sua com seu texto. Ontem era madrugada qd fiz o post, sabia que tinha escrito em seu blog e não achei.Agora corrigi.

    Abs

    Rui

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  5. Rui , otima materia , parabens ,
    3 coisas que tem que andar juntos ,
    talento + competencia + sorte = SUCESSO.
    abraço

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  6. Esse Rui....obrigado pela postagem, mas duas pequenas frezes sempre falamos; "que sorte tive"
    "que falta de sorte tive", essa ultima frase o "Espanhol" (como era conhecido o Arturo Fernandes)não podia falar pois foi bi campeão da Divisão 3 em cima de mim, que sorte teve na ultima etapa destes campeonatos rsrsrs

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Rui Amaral Jr