A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 17 de abril de 2012

CASCHI

Tazio


A pedido do Guima;
"Faltou dizer algo sobre a importância dos capacetes. 
Lembro-me até hoje do dia em que, num treino livre de kart, um "domingueiro" tocou rodas com o Fabiano, o kart dele voou e o pneu traseiro "riscou" o capacete do herdeiro. Graças a Deus, não houve nenhuma consequência maior..."

Luiz Guimarães

Rudolf Caraciolla, vejam sua proteção, estava numa Auto Union que andava a mais de 300 km/h. 
Hans von Stuck, também de Auto Union.

Por volta de 1968/69 a Bell lançou o capacete que seria uma referencia dali para frente, era o Bell Star. Algumas Confederações demoraram para homologá-lo, principalmente de motociclismo, mas veio para ficar e depois dele tudo mudou.

Acredito que a primeira vez que vi o Bell Star, Dan Gurney de MacLarem.
 México 1969, Pedro Rodrigues e o Bell.
 Pedro
François

Desde o começo das competições, todos viram que uma proteção para cabeça e rosto era necessária, mas demorou muito, até que pilotos saíssem daquelas toucas com óculos, depois os capacetes de couro para os capacetes que vemos hoje.
Para ser útil ele tem que ser do tamanho exato, nem muito apertado nem largo, e estar sempre muito bem afivelado.

 O grande Fangio, acima uma simples touca, abaixo em 1957, pilotando uma Maserati, já com o capacete de couro. 

 Targa Florio, Giunti já de Bell Star e Merzario.
Mônaco 1963
 Clark, toma a Peraltada, GP do México 1967
E largando ao lado de Hill em 1963

Em minha primeira corrida usei um capacete aberto, emprestado, a partir da segunda comprei um nacional aberto, era o único que se achava aqui, e depois no final de 1971 ganhei meu primeiro Bell Star, e foi com este e alguns outros que comprei depois que sempre pilotei e andei de motos, todos do mesmo tamanho e cor, e usei por durante muito tempo uma fivela especial da Bell, que facilitava o desengate.
Lembro como se fosse hoje, o Eloy Gogliano, Expedito Marazzi e eu sentados na mureta dos boxes, bem na entrada da Curva Um de Interlagos, vinha o tremendo bota  Nivanor Bernardi - o Touro do Paraná - testando uma Yamaha TZ350 para uma corrida. Quando ele tomava a um sua moto “chimava” e a fera vinha de botina embaixo, logo o Eloy chamou um de seus auxiliares e pediu para dar uma bandeira preta para o Niva. Não deu tempo, na volta seguinte, muito rápido, ele caiu na entrada da Um. Lembro dele derrapando e seu capacete, igualzinho o meu, raspando na pista. Para sua sorte não bateu em nada e saiu andando, bem tonto mas andando. Ao ver seu capacete, que pedi para olhar, notei para meu espanto, uma raspada de mais ou menos um centímetro de fundura por uns 7/8 de cumprimento...
Certa vez vinha eu na BMW R90RS, com a mania bem idiota que tinha de andar top espeed o tempo todo, na Via Dutra. Um pouco antes de entrar no retão de Jacareí, na descida do Frango Assado, um caminhão à uns 200m a minha frente,  soltou do meio das rodas traseiras uma pequena pedra. Perto dos 200 km/h, minha única reação foi abaixar um pouco a cabeça e sentir o impacto da pedra no capacete. Adiante parei em S. José dos Campos para tomar água e olhar o capacete. Pelo buraco e pelo tamanho do tranco pude ver o que aconteceria...

 Rindt toma o lugar no 908/2 em Buenos Aires 1970.
 Benedicto Lopes.
 Ciccio, Fangio e Farina campeão do mundo de FI 1950.
Fangio na MB W196

Um grande amigo, que corria na mesma categoria que eu, certa vez me pediu para levá-lo à fabrica de outro amigo, para que ele comprasse um capacete. Feito aqui no Brasil, numa época em que a transferência de tecnologia era impossível, tentei dissuadir meu amigo de comprar, disse que mandaria vir um Bell para ele. Não adiantou, fomos lá e compramos ou ele ganhou o capacete, não lembro.
Tempos depois, ele treinava numa categoria muito rápida, e não sei por qual motivo, seu carro se descontrolou na tomada da curva Três de Interlagos, e ele bateu quase a top speed...uns 230 km/h, seu carro se despedaçou e infelizmente, seu capacete saiu da cabeça que foi batendo no Sta.Antonio. Graças a Deus ele ainda está entre nós, mas na época lembro bem o trabalhão e preocupação que deu à família e aos amigos.  
Me perdoem  se não cito seu nome ou o fabricante.
É isso, segurança nunca é demais, ainda mais para quem sempre vai buscar o limite!!!

Rui Amaral Jr




           

4 comentários:

  1. Uso um SHARK de moto,presente do meu amigo e companheiro de pista Ike Nodari!!!

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  2. Oi Fabiani, meu amigo...qq capacete precisa estar sempre bem afivelado e o cinto de segurança bemm apertado.

    Um abração

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  3. Rui, obrigado pelo complemento sobre segurança.
    A última foto do seu post, com o capacete do Helmut Marko com a viseira furada, se não me engano refere-se a uma pedra lançada pela Lotus do Emerson, não?
    Abração,
    Guima

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  4. Sim Guima, abaixo coloquei um link para o post do Caranguejo onde ele conta a história desse grande piloto.

    Um abraço

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Rui Amaral Jr