A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CANCHA RETA - Formula Ford 1971 o começo.

TRÍPLICE COROA
Em 1971 começava para valer uma categoria de Formula no Brasil, apesar do enorme sucesso da F. Vê ela não foi amplamente divulgada e ficou pelo caminho e anos depois Luiz Antonio Greco trouxe ao Brasil a Formula Ford com amplo apoio da montadora. 
Pois bem, a partir de hoje o Caranguejo conta para vocês o que foi o ano de estréia da categoria e os três campeonatos que meus amigos Chico e Crispim conquistaram, o gaúcho, paulista e brasileiro, para mim a Tríplice Coroa algo possível apenas à um grande piloto e um grande preparador.
Da junção de meus três amigos vamos ao primeiro da serie de posts, meu forte abraço aos três!

Rui Amaral Jr  

Miguel Crispim Ladeira e Chico Lameirão


Agosto de 1971, tudo estava pronto para a estréia da mais nova categoria de monopostos do Brasil, a Fórmula Ford. Embalada com o sucesso e receptividade do torneio promovido em 1970, com participação de pilotos da Europa e os principais pilotos da terra, a Ford partia para a organização de três certames da novidade: o campeonato brasileiro e os regionais paulista e gaúcho; normal, uma vez que a sede de muitas equipes era São Paulo e os pilotos do Rio Grande do Sul haviam adquirido a maioria dos chassis Bino, fabricado pelo Luiz Antonio Greco. Algum atraso na finalização dos carros, acabou adiando a data da primeira prova, ainda que a gauchada aproveitasse qualquer oportunidade para acertar as baratas, como uma demonstração promovida uma semana antes, em Tarumã. Dia 29 então, o grande dia. Prova na pista de Viamão, válida pelo campeonato gaúcho. Vinte e três concorrentes, divididos em duas baterias “classificatórias” que levariam os melhores à final. 


Na primeira série, grande pega entre Leonel Friedrich, que contava com um chassi Titan inglês (os demais estavam com o chassi nacional Bino) e o brasiliense Alex Dias Ribeiro, com alternância na primeira posição. Na penúltima volta, Leonel era quem estava na frente, mas rodopiou na pista ao entrar muito forte na Curva do Laço. Alex, para não bater, aliviou o pé e foram ambos ultrapassados por Sergio Pegoraro. Leonel ainda conseguiu recuperar-se e foi o segundo e José Luis de Marchi, o “Zaíco” em terceiro. A segunda bateria teve como principais protagonistas Pedro Victor DeLamare e Francisco Lameirão, sendo que PV acomodou-se na frente e venceu, com Chico chegando na segunda posição, depois de enfrentar problemas com um retardatário. Os principais nomes do dia retornaram para a disputa final, que coroaria o primeiro vencedor da F/F brasileira. Alex, Leonel, Chico Lameirão e Pedro DeLamare disputaram a primazia. Então, Alex e Leonel começaram a livrar alguma distância e Lameirão conseguiu alguma vantagem sobre DeLamare. O gaúcho e o brasiliense pareciam repetir o duelo da primeira série, mas Lequinho Ribeiro cruzou na frente. Depois vieram Leonel e Francisco Dias Lameirão, o grande campeão da etapa. Mas isso não era senão uma preparação para a etapa inicial do Brasileiro de Fórmula Ford, encontro marcado para dali à duas semanas na mesma pista gaúcha.



CARANGUEJO





Neste post mostro a trajetória da F.F no Brasil.

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NT: Incherido vou me intrometer outra vez no post do Caranguejo para contar que nada falei do que ele escreveu e vai escrever ao Chico apesar de conversarmos constantemente, espero que todos gostem!

Rui 

11 comentários:

  1. Tem dois pilotos cuja trajetória não é clara para mim: Chico Lameirão e Luiz Pereira Bueno.
    Emerson, Pace e Wilson chegaram à F1 e ali ficaram. Andaram muito de F2.
    Já Lameirão e LPBueno não seguiram na Europa.
    Lendo uma velha Autosprint (https://v8blog1971.files.wordpress.com/2011/07/as-71-31-i-16p.pdf), há uma notícia sobre as 'brigas' entre os Fittipaldi e Pace e ali, na Autosprint, o LPBueno é citado.
    Lameirão, que ganhou tudo nos monopostos brasileiros dos anos 70 (que eram bonitos e competitivos, como se vê nesse 'post' sobre a FFord) também podia ter seguido esse caminho.
    Foi falta de patrocínio? Ou falta de vontade? A mim parece falta de vontade, não como um defeito, mas apenas como escolha: era possível ser vencedor no Brasil, então vamos para o automobilismo do Brasil, fazer barba cabelo e bigode, como nos conta hoje o Ruy. É isso mesmo?

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    1. Walter, vc conhece automobilismo como eu e sabe o quanto é difícil uma carreira. Posto isto vamos lá...lembro das brigas dos Fitti x Moco até por causa da cor do capacete! Certa vez conversando com o Crispim ele disse com um certo saudosismo e emoção "pena que o português não chegou à F.Um!" e é verdade, depois da F.F na Europa ele voltou e não deve ter conseguido patrocínio para continuar e ficou aqui brilhando na F.F e S.Vê, desculpe se puxo a sardinha para os meus mas certamente lá ele brilharia como aqui, muito mais que alguns pilotos que com bons patrocínios decepcionaram!

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    2. Seu comentário vou responder por partes, mais tarde volto!rs Um abraço

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    3. Walter, toca o tel e é o Chico...respondendo à vc, ele fala ao tel e eu digito! "À bem da verdade, vendo o Moco, Emerson, Wilsinho e toda minha turma e o tremendo assedio da imprensa, coisa que vi também com o Nelson, fiquei um pouco assustado com isso e acreditei que minha vida particular viraria um caos coisa que nunca quis...o resto foi sorte, estar no lugar certo na hora certa..." o papo corre solto e não consigo digitar, ele agradece a lembrança e manda um abraço.

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  2. Vamos ao Luiz...entre muitos de nós, alguns que nós, alguns que até competiram com ele pau à pau ele é considerado um ídolo, um mestre e acredito que falo aqui por muitos amigos, Ronaldo, Fabio, Chico, Ricardo & Ricardo, Turito e centenas de outros. Luiz chegou à Inglaterra com outro grande piloto o Ricardo, ambos lá fizeram seus nomes na equipe de Moss, depois voltaram ao Brasil e num mercado ainda pequeno se o compararmos com Europa e EUA não conseguiram patrocínio para continuar. Luiz, que era mais velho que os outros, junto com Anísio e Walter montou a Equipe Z e conseguiram o patrocínio da Hoolywood e garanto que não foi acomodação que o levou a ficar. Uma pena pois tanto Luiz quanto Chico e Ricardo teriam nos representado muito bem na F.Um!

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  3. beleza de post Rui... e com o 'dedo' do Caranguejo... hehehe...

    abs....

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    1. André o post é do Caranguejo, masss como ele não sabe postar e eu sou incherido incluo alguma coisa que escrevo!!!rsrs

      Um abraço

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  4. Caramba, sem palavras!
    Obrigado ao Ruy pela oportunidade e pela informação.
    Torci muito pelo título do Lameirão na SuperVë, tinha 13 anos de idade.
    Nunca pude supor que meu heroi, campeão da SuperVë, poderia estar era na F1. Hoje é claríssimo que sim, ele poderia estar lá. E poderia fazer bonito.
    Que safra de pilotos tivemos, incrível.
    Dois títulos do Emerson foi pouco pelos homens que formavam o automobilismo brasileiro de então.
    interessante que a safra seguinte trouxe caras heterogêneos, mais da minha geração, como Ingo, Serra e... Piquet.
    O fato é que hoje aprendi, pelo Histórias Que Vivemos, que torci pelo cara certo: pilotaço e homem sério e certo nas suas escolhas.
    obrigado ao Ruy e ao Lameirão um abraço do fâ.

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    1. Obrigado pelo carinho à vc Walter, assim que ele retornar vou pedir p/ ver seu comentário, vejo até o sorriso até as orelhas dele!

      Abs

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  5. Hermoso F.Ford Rui!
    ¿Qué marca de chasis es?
    Y con los colores de Hollywood, bellísimo.
    Abrazos!

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    1. Oi Juan, tudo bom?
      O F.Ford Bino-Sandaco é uma cópia do Merlyn inglês, estou enviando para seu e-mail a cópia da revista!

      Umabraço

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Rui Amaral Jr