A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 7 de julho de 2015

BRM V16


 Fangio

Reg Parnell


 Final de 1951 os pilotos da Alfa Romeo Nino Farina e Juan Manuel Fangio haviam vencido os dois primeiros campeonatos mundiais de Formula Um, na época o campeão era apenas o piloto o campeonato de construtores só viria em 1958. Na época os carros da categoria eram em sua grande maioria os usados antes da II Guerra que corriam na categoria GP, antigos e de difícil manutenção e os grids eram recheados com os carros da Formula Dois. Dois carros estavam sendo preparados para categoria, a Mercedes Benz W165 e a BRM P15 o primeiro carro da marca para a Formula Um e que já havia corrido dois GPs no ano de 1951, sem resultados expressivos por conta de sua fragilidade.
Nino Farina o campeão de 1950 e Juan Manuel Fangio de 1951 estavam sem equipe e a BRM convidou Fangio e seu fiel escudeiro Froilán Gonzalez para testar o incrível P15 V16, foram algumas corridas extra campeonato em Godwood e Albi onde Fangio conquistou a primeira vitória do carro. Foi a gota d`água para um certo comendador muito conhecido nosso convencer  CSI o braço esportivo da FIA que o mais viável para os anos de 1952 e 53 era que a F.Um fosse disputada com os carros de 2 litros da F.Dois onde sua Ferrari 500 era praticamente imbatível, e aproveitando a situação montou uma equipe fortíssima tendo entre outros pilotos Nino Farina e o jovem piloto que havia disputado o campeonato mundial de 1951 até a última prova com Fangio e agora estava preparadíssimo para vencer, vencer e vencer; Alberto “Ciccio” Ascari bi campeão mundial de 52/53.
A Mercedes Benz voltaria poucos anos depois, a BRM abandonou o projeto do V16 se dedicando à outras configurações, as duas equipe seriam campeãs no transcorrer dos próximos dez anos.
Vamos ao belíssimo V16, feito para o regulamento que era em 1951/52 de motores aspirados com 4.500cc ou 1.500cc com compressores volumétricos já que na época ainda não existiam os turbo compressores.

....... De FORMULA 1, simplesmente uma """" obra de arte da indústria de competição INGLESA """""......!!!!!!!!! 

Abraço Chico Lameirão


Me desculpem algum erro pois vou descrever o motor assim como o chassi com algumas informações que tenho e olhando maravilhado os desenhos e fotos que vou mostrar aqui.
O V16 era a junção de dois motores V8 de 750cc cada, os cilindros colocados num ângulo de 135º, um pouco alto mas estreito o suficiente para caber na dianteira do monoposto, o duplo comando em cada cabeçote abria duas válvulas por cilindro, o bloco assim como os cabeçotes e girabrequim eram de uma única peça,  e assim como o motor do Porsche 917 ao centro do girabrequim as engrenagens que movimentavam os comandos roletados, bomba de óleo, o compressor colocado à frente, a tomada de força para o cambio e outras aplicações. Uma verdadeira usina de força que girando à 12.000rpm gerava 600HPs e segundo a Rolls Royce, parceira da BRM em seu desenvolvimento, podia chegar aos 800HPs quando girava à 14.000rpm...seu urro, como mostro no vídeo, simplesmente de arrepiar qualquer um!  


A usina de força, notem que o motor é colocado em angulo em relação ao eixo longitudinal do chassi.
 A barra De Dion, os amortecederos ar/óleo e o cambio transversal.
... , muito legal , RUI , as fotos dessa B R M, com um eixo DE DION na SUSP. TRASEIRA, e na dianteira o ataque da caixa de direção em sua parte interna tem três posições que acho que é para cada tipo de pista, para o movimento ser rápido, médio rápido & lento, este provavelmente pra pistas rápidas tipo MONZA, SPA &. SILVERSTONE ........!!!!!!!!!

Abraço amigo de CHICO LAMEIRÃO 

O chassi desenvolvido com a ajuda de toda industria britânica que poucos anos antes projetava os aviões que fizeram a defesa da ilha e agora tentavam levar uma equipe inglesa ao topo da principal categoria do automobilismo.
Sua suspensão dianteira por barras de torção utilizava o sistema Porsche o mesmo dos VW com a diferença que no caso da BRM não existia um eixo único tendo cada roda seu sistema, os amortecedores, ar/óleo desenvolvidos pela Loockheed eram reguláveis, e à partir do final de 1951 a Girling desenvolveu e forneceu os freios à disco que eram usados nas quatro rodas. A suspensão traseira contava com uma barra De Dion com longos tensores e amortecedores também reguláveis. O cambio BRM transversal de  cinco marchas colocado junto ao diferencial ZF na traseira.
Muitos grandes pilotos testaram o BRM e dele disse Fangio “foi o carro mais fantástico que já dirigi...um desafio!”  
Alguns relatos contam que tamanha potencia era difícil de segurar, isto numa época em que os pneus ainda não tinham alcançado o grau de desenvolvimento de anos depois e que os carros não tinham o famigerado controle de tração que hoje iguala os pilotos...teria sido interessante ver Fangio e Gonzalez neste BRM e se me fosse permitido fazer uma pergunta ao Quintuple gostaria que ele comparasse a BRM aos fantásticos Lancia(Ferrari) D50, Mercedes Benz W196 e a revigorada Maserati 250F que em 1957 levou-o ao quinto titulo mundial.




Valeu Chico, um abraço.

Rui Amaral Jr       

Link para um post com texto antológico do Caranguejo...modéstia à parte!  

4 comentários:

  1. Olá Rui, amigos, bom dia,
    O ronco dessa máquina é espetacular, considerando ainda que só este carro está na pista no momento do áudio, e que a nossa imaginação vê o carro rasgando a reta...Realmente é uma jóia mecânica, olha o tamanho reduzido, tem 1,5 litros...Logo que vi as fotos, as pinças de freio Girling...de imediato confrontei com os panelões de freio a tambor utilizados na época nos outros carros. Aliás, a primeira ficha técnica deste BRM apresentava freios a tambor com lonas triplas. A suspensão traseira era derivada dos Mercedes W165 e a dianteira derivada dos Auto Union. E o motor? superquadrado, ou praticamente quadrado (diâmetro/curso de 49mmx48mm) alimentado por 2 SU triplos com o compressor mecânico e pressão máx.de 5.7 bar...barbaridade. Pegue um paquímetro e olhe o diâmetro do pistão... E os Girling? Havia o conceito de fragilidade em relação a pinças e discos, que haviam sido utilizados nos aviões Spitfire. Mas se observou que o mito continuou, pois os drum brakes continuaram sendo utilizados ainda por alguns anos...
    luizborgmann

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  2. Sim Borgmenn já havia escrito sobre o carro mas quando resolvi mostra-lo novamente fiquei louco por ele...todo conceito de suspensão deriva do W165 e Auto Union todos desenvolvidos pelo Dr Porsche acrescentado o De Dion, sim o motor é super quadrado....enfim um foguete que infelizmente por vários motivos ´não deu certo!!!

    Um abraço

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  3. Olá Rui,
    Complementando o comentário, a ficha técnica dava como combustível utilizado "petrol and alcohol", e que nos sprint races (corridas curtas) chegava aos 13.000 rpm. Consta ainda que em 1968 o piloto Graham Hill saboreou o carro, em várias voltas superando as 12.000 rpm, boquiaberto. A complexidade na junção dos blocos fazia verter água nos cilindros através dos cabeçotes, avaria frequente...Um dos carros, versão 2, pertence ao baterista do Pink Floyd, apaixonado por veículos de competição, tal como George Harrison dos Beatles, que já não está mais entre nós...
    luizborgmann

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  4. Nem li o post ainda e ja vou me meter a comentar. Genial falar dessa BRM.
    16 cilindros que geram uma sinfonia maravilhosa, um roncoalucinante.
    Parar o monstro, fazer curvas com ele, deveria ser uma loucura.
    Vou saborear o post devagar, mas agradeco desde ja porque adoro esse carro fantastico.

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Rui Amaral Jr