A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

sábado, 31 de outubro de 2015

PERALTADA...

 Jimmy com a Lotus 49C toma a Peraltada para a vitória no GP do México 1967.

Sinceramente, gostaria de entender a lógica da modificação dos grandes autódromos, curvas como a Peraltada, Sol, Woodcote Corner e muitas outra nunca deveriam ser modificadas. 
Agora na Peraltada fizeram uma sequencia de curvas para diminuir a velocidade e arquibancadas dos dois lados, não consigo entender mesmo, alguém ir à um autódromo e ver os carros passando à sua frente apenas por alguns segundos. Lembro com tristeza da época em que saía dos boxes de Interlagos ou Jacarepaguá para das arquibancadas ver toda pista e ter uma bela ideia de como os carros estavam andando, em Interlagos - hoje Autódromo José Carlos Pace - das arquibancadas não via o Sol mas quando os carros chegavam no Sargento se tinha um boa ideia do que havia se passado por lá!
Ver os F. 2 com Peterson, Emerson, Pace, Wilsinho, Schenken e tantos outros fazer aquela curva de altíssima velocidade com o carro saindo nas quatro rodas era emocionante, aliás fazer aquela curva era emocionante!
Hoje mesmo com toda tecnologia de absorção de impactos e as possíveis modificações os autores dos projetos preferem desvirtuar curvas que eram ícones e lá fazerem algumas curvinhas.
As curvas de alta velocidade sempre foram as que separaram os pilotos, era nelas que vinha o  tempo, nelas que campeões se destacavam de simples pilotos. Só falta agora fazerem uma chicane na Parabólica ou na curva 15 de Suzuka!

Rui Amaral Jr   

   
SILVERSTONE

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

GP do México 2015 - Circuito Hermanos Rodriguez

 Hermanos Rodriguez, Pedro e Ricardo.


Hoje às 14h começam os treinos para o GP, Lewis já é campeão e a briga agora é pelo segundo lugar no campeonato entre Tião e Nico e eu sinceramente acredito que o piloto da Ferrari vai se impor. 
Outra "cosita más..." depois de 23 anos o circuito que leva o nome dos dois irmãos foi desfigurado sendo reformada a famosa e desafiadora curva da Peraltada fazendo no lugar uma série de curvinhas... 
Vamos ao México...

Rui Amaral Jr




  




 GP de 1988

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CanAm Canadian American Challange Cup

Duas fases distintas teve a CanAm que era disputada no Grupo 7 a primeira de 1966 à 1974 que é a que mostro nas fotos. 1966 venceu Big John Surtees e a Lola, depois de 67 à 71 a McLaren dominou com Bruce, Hulme e Revson, logo a seguir os 917/10 da Porsche  com Follmer e Donohue e finalmente em 1974 Oliver e a Shadow.
Como já relatei a CanAm era disputada em 7/8 corridas no final do ano trazendo ao Canadá e EUA grandes pilotos e equipes pois os prêmios eram excepcionais, em alguns artigos que estou lendo da época citam valores de US$ 67.000 por corrida o que na época era uma fabula já que um Mustang 1964 zero quilômetros custava entre US$1.200 e US$1.600, algo como US$2.500.000 nos valores atuais.   

Rui Amaral Jr


 Big John Surtees e a Lola T70 MKII Chevrolet - Campeão de 1966
 Bruce e a McLaren Elva MKIIB - 1966





Pedro Rodriguez e a BRM P154
Mark Donohue
Carlos Pace e o Shadow.

Bruce na McLaren M6A campeão em 1967.
Chaparral 2C
Chaparral 2E
Vic Elford no Chaparral 2J
Dan Gurney, Lola T70 MKII

Gilles de Villeneuve
Siffert no Porsche 917/Spyder 
Mark Donohue e George Follmer ambos no Porsche 917/10 da equipe Penske, campeões em 1973/74. Há relatos em revistas da época que creditam cerca de 1.300 HPs à estes foguetes!

Lola x Ferrari que parece ser de Pedro Rodriguez.
link 

link

1966



PS; caro Walter veja aos 23m do vídeo a quebra do aerofólio do Chaparral!











quarta-feira, 28 de outubro de 2015

GP dos EUA - Texas - Austin 2015

 Nico, Lewis e Tião.
Lewis e a quadriculada...

Sorte, sorte e mais Sorte, mas se o piloto tiver toda esta sorte e brigar pelo 25º lugar vai ser muito difícil fazer qualquer coisa. E Lewis além de toda a sorte é hoje um piloto completo, anulou Nico dentro da equipe e com pouquíssimos erros durante a temporada venceu seu 3º titulo de forma brilhante. Sou admirador de sua tocada, pois nem quando esteve por baixo desanimou, um tremendo bota, parabéns campeão!

É...Nico esteve na frente!
Foto Sutton Motorsport Images
 Tião
Foto Ferrari

Gostei das corridas de Verstappen e Sergio Perez, além de Button que com sua competencia e garra levou a sofrivél McLaren ao 7º lugar.

No site da Globo além dos melhores momento a corrida completa, porém não consegui abrir, talvez vocês consigam.




quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Canadian American Chalenge Cup - CanAm

Desta bela imagem que encontrei no Face quero mostrar à vocês mais um pouco da CanAm que foi um sonho de garoto desde a primeira vez em que vi um desses monstros na pista...na foto de 1967 em Riverside Mario Andretti lidera seguido de Lothar Motschembacher de Lola T70 MK3  Chevrolet (5.970cc) e Mark Donahue de Lola T70 MK3B Chevrolet (7.003cc) terceiro colocado. 
Como já contei aqui a CanAm começou em 1966 com a vitória de Jonh Surtees com a Lola T70 MK1 Chevrolet. Em suas seis ou sete corridas sempre disputadas ao final do ano a categoria distribuía prêmios altíssimos levando aos EUA e Canadá a elite do automobilismo mundial. 
A grande maioria dos motores eram os Big Bloc com cilindradas sempre acima dos 5.500cc e comando central, mas mesmo a Ferrari levava seus carros como esta 330 P4 de Chris Amon com 4.166cc mas de duplo comando nos cabeçotes...mas nada se comparava à tremenda potencia produzida pelos Big Blocs. Esta primeira etapa da CanAm foi de 1966 à 1974 com amplo domínio da equipe McLaren até 1971 e depois...depois mostro mais!

Rui Amaral Jr  


Bruce no McLaren M6A Chevrolet 5.871cc o vencedor.
Chaparral 2G Chevrolet 6.997cc de Jim Hall segundo colocado.
Honker II Ford FoMoCo 6.068cc de Mario Andretti.
A Lola T70 MK3B Weslake/Ford 6.183cc de Dan Gurney, pole. 
 Ferrari 330 P4 4.176cc de Chris Amon.
 Lola T70 MK3 Chevrolet 5.900cc de Peter Revson.
Lola T70 MK1 Chevrolet 5.568cc de Hugh Powel.


GRID

RESULTADO 


Riverside 1967

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Conta Sergio...

NURBURGRING
por Sergio Mateu

Bom dia Rui, este ano é o terceiro ano que visito Nurburg, o primeiro foi em 2012, o segundo em 2014 e em setembro deste ano outra vez.
A região é muito bonita, muito verde, o asfalto das estradas secundárias são de primeira, mas a cidade é muito pequena, mas o importante mesmo são os circuitos, o de Nurburgring e o de Nordschleife. Nestes 3 anos incluímos Nurburg na nossa viagem, sempre vamos para Alemanha, França e Itália, inclusive em 2012 fomos ver as 24 hs de Le Mans e em 2014 estivemos em Hockenheim para ver a CUP PORSCHE, sempre que posso visito um circuito, faz parte do roteiro...
 Em 2015 e 2012 aproveitei para ver a Renault Series, eles usam o circuito da F1, um grande trabalho desta marca de automóveis, é voltado para a família, tendo muitas atrações, inclusive uma exposição de carros antigos da Renault, exposição de carros novos, roda gigante, etc e todas de graça, somente para comer e beber é que você paga, o resto é para desfrutar das corridas. No ano de 2012 conheci o Felipe Fraga que corria de formula 2.0 e o Roberto Pupo Moreno que dava assessoria a uma equipe que tinha outro brasileiro correndo na Formula 3.5, mas não lembro quem era.

 Sergio e seu Cayman S.






Agora vamos para a pista, ainda em 2012, meu carro de uso diário era um Astra Hatch turbodiesel 1.7 de 110 cv e seis marchas e a minha primeira volta em Nordschleife foi de 11"40' 003, apesar de ter algum conhecimento em corridas de automóveis de turismo, desconhecer o circuito não é nada agradável, ainda mais tendo uma grande quantidade de alemães voadores perto de você...mas foi muita adrenalina. Alguns detalhes: após a saída as marchas usadas foram a terceira, a quarta e a quinta, em 4500 rpm o motor corta, na correria esqueci de ver a pressão dos pneus... e o pior de tudo é que tinha bagagem no carro, inclusive uma dúzia de garrafas de vinhos, mas no fim deu tudo certo apesar de que o Astra sofreu de fading nos freios, quase não tinha curso nas ultimas curvas. Mas o engraçado é que estava tão contente, tão feliz que achei melhor não estragar o que tinha realizado, e não dei mais uma volta sequer...outra coisa, sempre tenho que ter em mente que o carro que estou usando é o mesmo que vai me levar de volta para casa...por isso tomei muito cuidado.
Ano passado comprei outro carro , dessa vez usado, um Porsche Cayman S, automático com as borboletas na direção, e lá fomos nós de novo a Nurburg, digo nós porque sempre vamos eu e minha esposa. Dei duas voltas, em dois dias diferentes, a primeira abaixei  1 minuto, fazendo 10" 40' 096 e na segunda com muito menos gente já fiz 9" 59' 640, inclusive foi a melhor de todas pois eu e um Mitsubich Evo fizemos uns bons pegas. Fiquei muito feliz, mas o problema continua sendo o mesmo, não conhecer o circuito, é muita curva, são 73 ao todo, 11 tipos de pisos diferentes e uma diferença de nível de 300 metros, são muitas curvas cega, além de que a pista tem apenas 6 metros de largura...porém o pessoal é muito gentil e educado, os mais rápidos tem sempre a preferência, então tem que olhar mais para os espelhos que para frente...o que torna a brincadeira mais complicada.
Este ano voltamos para ver a Renault Series e fazer o track day, mas o que encontramos foi um grande numero de carros, uma loucura total, tanto que houve vários acidentes, inclusive no dia que chegamos, 11/9, esse dia a pista abria as 17:45 e fechava as 19:45 hs, mas tiveram que antecipar o fechamento da pista em 45 minutos pois houve um acidente grave e foi necessário a entrada da ambulância, não andei nesse dia. Nos dois dias seguintes a pista abria as 8:00 e fechava as 19:00 hs, porém andei sem muita vontade, na noite anterior soube da morte de um primo aí no Brasil e me afetou muito, mas mesmo assim fui, tomamos o café da manhã no hotel e fomos colocar gasolina no posto que chamam de ED, pois esse é o nome da bandeira, calibrei os pneus e fui, mas não gostei tanto, não foi tão divertido, inclusive dei duas erradas terríveis, e meu tempo foi de 10" 20', tinha muita gente, minha esposa chegou a contar mais de 600 carros, era um entra e sai da pista...muitas vezes tiveram que paralisar a entrada dos carros na pista para entrar o carro de socorro e a ambulância. Demorei mais para sair da pista do que para fazer uma volta...




Alguns lances interessantes: uma boa parte dos carros eram da Inglaterra, Holanda, e paises nórdicos. A grande maioria dos carros eram Porsches e BMW, mas tinha até vans, motos, comerciais leves...na verdade havia de tudo, carro normal, esportivos, protótipos e muitos preparados com santo antonio, pneus sliks etc...Os restaurantes da região são quase todos de italianos e muitos falam a língua o que nos ajuda muito. Em torno de Nurburg tem várias cidades que valem a pena conhecer, nós adoramos Adenau (9 km), e um pouco mais longe (175 km) está Frankfurt.





O circuito de Nurburgring tem uma ótima infra-estrutura, muitos banheiros, lanchonetes, lojas de roupas com as marcas de carros mais famosas, local para sentar, kartodromo e inclusive um hotel de 5 estrelas. A cidade é muito pequena, em menos de meia hora já se vê tudo e não tem muita coisa para ver a não ser o castelo. Para ir a pista de Nordschleife que fica a 2 km distante de Nurburg, temos duas alternativas, fáceis porém depende de que hotel você está hospedado, chegando lá você encontra uma loja, um restaurante/lanchonete, um local para aluguel de carros (com ou sem piloto) e um local para a venda dos tickets (cartão eletrônico) para entrar na pista, banheiros e três pátios para estacionar os carros enquanto não abrem a pista, tudo muito bem organizado.

Finalizando, existe uma matéria sobre Nurburgring/Nordschleife na FLATOUT que é ótima, alí explicam como alugar um carro para dar uma volta no circuito e muita informação pertinente a Nordschleife. Rui, espero que se alguém tiver um sonho de conhecer esse Inferno Verde (Green Hell), vai valer a pena torná-lo realidade, é algo fantástico, principalmente toda aquela atmosfera que há em seu redor, e se puder assistir a Renault Series, também vai gostar pois é uma grande festa, abraços 

Sergio Mateu.

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Sergio e eu nos conhecemos desde moleques quando minhã mãe tinha um apartamento de férias na cidade de Santos, mais precisamente na rua Jorge Tibiriçá esquina com a Galeão Carvalhal, lá uma cambada de moleques se juntava e aprontávamos o dia todo, Sergio, Sergio Fontes, Izo, Alvaro, Ricardo... Praia, bola, autorama e tudo mais...com os outros estou de vez em quando, mas o Sergio reencontrei tempos atrás no Face e retomamos a amizade e logo nos veremos novamente. 

Obrigadão Sergio e um abração!

Rui Amaral Jr