A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach

terça-feira, 2 de agosto de 2016

José Asmuz - 1927-1 de Agosto de 2016


Partiu meu amigo Jose Asmuz

Quando falamos nos velhos tempos da Mil Milhas, das Carreteras nos lembramos do Eloi, do Barão, do Chico Landi, Camilão, da gauchada, Catarino, Bertuol, e tantos outros. Nossa!!! Quantas lembranças... Que saudades... Memorias que não podem se apagar.

Ontem, quando o Ricardo Trein me telefonou de Porto Alegre com a voz triste eu pressenti que vinha a noticia da morte do Asmuz. Vou sentir falta das vezes que ele me telefonava e eu me sentia orgulhoso de falar com ele. É mais um protagonista da nossa história que partiu, e pela figura pitoresca que ele era, deixará muitas saudades. O Emerson se orgulha contando que a primeira vez que andou num carro de corrida foi naquela carretera ao lado do Asmuz.

Que seus caminhos estejam iluminados.

Do amigo de sempre,

Bird Clemente


No Rio Grande do Sul, José Asmuz sempre foi símbolo de competitividade. Amava uma boa disputa e nela se sentia à vontade. Nas pistas, era o grande adversário de Catharino Andreatta nas provas das Carreteras e nos campos, tornou-se dirigente do Internacional, time que sempre dividiu com o Grêmio Futebol Porto-Alegrense, a paixão futebolistica dos gaúchos. Campeão gaúcho de automobilismo em 1963, Asmuz acirrou uma rivalidade com a Escuderia dos Galgos Brancos de Catharino e Julio Andreatta, quando contratou o preparador Homero Zani para cuidar de seu carro. Quando as provas de rua foram proibidas, Asmuz trocou de mecânica: deixou a Ford, que o acompanhava nas Carreteras e passou para a Chevrolet e foi para o Tarumã, o Templo do Sul, competir com Opala na Divisão 3 ao lado do amigo Pedro Carneiro Pereira, com quem havia montado uma equipe. Já dispunham de um carro, mas logo adquiriram um Opala de pedigree, criado por ninguém menos do que Bird Clemente. Na preparação, o fiel Homero. Dedicado e combativo, participou e venceu corridas até fora do estado. Difícil dizer se gostava mais de corridas ou de futebol...
Até a tragédia da perda de seu companheiro Pedro Carneiro Pereira decidir. Naquela primavera de 73, o Turco Asmuz enveredou para os lados do futebol onde continuou com o mes
mo sucesso. Claro, paixão antiga não se esquece de repente e volta e meia era citado ou homenageado pelos automobilistas. Um homem de dois mundos, dois amores e que se uniram para lamentar sua partida.

Até mais ver.


Caranguejo


 Nos 500 KM de Porto Alegre...
...a disputa com Catharino.

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Rui Amaral Jr