A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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quinta-feira, 6 de março de 2014

Alfa Romeo 179

 Mario com a 179C em Imola.

Um dia talvez escreva sobre a equipe Alfa Romeo e suas incontáveis vitórias nas pistas...desde o começo quando da fundação da industria por Nicola Romeo, Ugo Stella e Alexander Darracd...até tempos depois quando o departamento de competições era assumido por um certo Enzo, o Ferrari, que com incontáveis grandes pilotos venceu, venceu e venceu!
Finda a era Enzo a Alfa ainda venceu os dois primeiros mundiais de Formula Um, o primeiro em 1950 com o veterano Nino Farina e o seguinte com a estrela em ascensão Juan Manuel Fangio...mais tarde ainda forneceu motores à diversas equipes tendo na década de 1970 fornecido o potente motor flat de 12 cilindros de 3 litros para a Brabham BT45 que entre outros foi brilhantemente pilotado por nosso José Carlos Pace e sua sucessora a BT46 foi a porta de entrada na equipe para nosso futuro tri campeão Nelson Piquet. 
Ao final da década de 1970 decide a Alfa Romeo projetar um novo  motor para substituir o flat 12 que apesar de muito potente era um consumidor havido de combustível. E lança o modelo 1260 que era um `V12 à 60º de 2.995cc com quatro válvulas por cilindro, que no começo dos anos 80 gerava 520hp e chegou aos 540 à 12.000rpm em 1984.

O motor 1260 

Mas este post começou por causa de uma foto de Mario Andretti e a 179C em Imola no ano de 1981 no perfil do Milton no Face e da minha brincadeira chamando o carro de tranqueirão.
Final dos anos 70 a Alfa resolve voltar à F.Um com motor e chassi e é  convencida por Carlo Chiti à entregar a tarefa à sua vitoriosa Autodelta e nasce assim a Alfa Romeo 179 com o motor mod 1260, e cambio Alfa de cinco e seis marchas. 
Ao final de 1979 a Autodelta participa e três Gps, Itália, Canadá e USA com os pilotos Bruno Giacomelli e Vittorio Brambilla sendo que em Watikins Glen Vittorio nem se classifica e nas outras corridas tanto ele como Bruno quebram.  
Para 1980 a Alfa Romeo-Autodelta trás para companheiro de Bruno o rápido francês Patrick Depailler, o ano começa bem com o quinto lugar de Bruno em Buenos Aires e um 13º lugar no Brasil,  mas tanto ele quanto Depailler quebram em todas outras etapas culminando com a tragédia de Patrick quando treinando em Hockenheim, uma quebra de suspensão causou o acidente que tirou a vida do francês.
Ainda em 80 a equipe trás Brambilla e Andrea de Cesaris mas fora o quinto lugar de Bruno em Brands Hacth quebraram em todas as outras corridas.
Chega 1981 e a equipe contrata o grande Mario Andretti esperando os resultados que até então eram pequenos demais para os nomes envolvidos. Mario chega em um bom 4º lugar na primeira corrida da temporada em Long Beach e depois apenas resultados fracos e quebras. Bruno ainda pontua bem nas corridas finais, com um quarto lugar no Canadá e o único podium do carro com o terceiro lugar em Las Vegas.
Para 1982 a equipe trás Andrea de Cesaris para o lugar de Mario e o 179D faz apenas a primeira corrida da temporada em Kyalami com o 11º lugar de Bruno e 13º de Andréa e  para próxima etapa já estréia o novo carro o 182T com motor turbo que em sua segunda corrida em Long Beach faz a pole com...Andrea de Cesaris...mas aí já é outra história!


Rui Amaral Jr

NT: Interessante minha agradabilíssima tarefa de escrever, algumas pesquisas em meus arquivos e na internet e muita mas muita mesmo queimação de cuca, lembranças que derrepente afloram. A cada nome citado ou apenas lembrado a certeza de que dariam mais que um novo post, um novo blog, tantas e tantas que são as histórias e lembranças. Bom demais saber que alguns amigos que gostam tanto quanto eu de automobilismo me acompanham, e entendem a minha simples intenção de ser apenas um contador de histórias, nunca um historiador!

Abraços à todos

Rui  

1979 Interlagos, lembro até hoje do urro da Alfa 179 passando em frente aos boxes de Interlagos com Patrick e Bruno, arrepiante!