A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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terça-feira, 10 de julho de 2012

Caranguejo

Hoje meu amigo faz 50 anos e nada mais justo que comemorar a data com um de seus posts. Às vezes ele assina como Carlos Henrique, outras como Carlos Henrique Mércio, mas na verdade é o mesmo Caranguejo de sempre. Lembra e sabe tudo do automobilismo, em comum temos essa paixão e a admiração por alguns mesmos ídolos, como Tázio, Chueco, Jimmy...
Parabéns amigo de tantas, felicidades e um forte abraço!  





O GAÚCHO TRISTE


O santafesino Carlos Reutemann, foi um piloto que nunca foi unanimidade em sua terra,mas também jamais provocou indiferença. Amado pelos torcedores, era desprezado pela imprensa argentina. Perseguido pela sombra do mitológico Juan Manuel Fangio, nunca chegou perto de seus resultados, mas em dez anos de carreira participou de 147 GPs, teve doze vitórias, seis pole positions, seis melhores voltas, marcou 310 pontos e subiu ao pódio em 45 oportunidades. Claro que poderia esperar-se mais dele. O Chueco venceu campeonatos por todas as equipes onde passou. O Lole, foi algumas vezes atrapalhado por companheiros de equipe mais talentosos do que ele, caso de Lauda ou mais malandros como Alan Jones.





 1971 estréia na Argentina com MacLaren.
 1973 Brabham BT42.
1974, GP da Argentina a tomada de ar quebrada forçou o consumo de combustivel.
 1974 Brands Hacth.
1975, GP da Argentina Lolle e Pace, Brabham BT44B.
1975 Kyalami, Branham BT44B.

Considerado prudente, muitas vezes parecia largar para uma corrida disposto a não se arriscar: procurava manter uma posição entre os ponteiros e esperava que quebrassem os que iam a sua frente. Se ninguém tivesse problemas, terminava na mesma posição. Mas quando treinava bem, marcava bons tempos e saia na frente, dificilmente cometia erros e a vitória era sua. Às vezes parecia emocionalmente frágil, como quando ficou sem combustível na penúltima volta do GP da Argentina de 74, quando ocupava a liderança. O Lole chorou copiosamente; em outras vezes, era frio e determinado, como no GP da Grã-Bretanha de 78, quando aproveitou-se da hesitação de Niki Lauda para ultrapassar o retardatário Bruno Giacomelli e assumir a ponta, num drible antológico. 

Ferrari 312T
 Lotus 79 em Buenos Aires.
Lotus 79.

Poucos amigos, poucos sorrisos, alguns o chamavam “O Gaucho Triste”. Dizem os que o conheceram que se num dia estava simpático e agradável, no outro, cara amarrada e capaz de passar por um amigo sem cumprimentar. Em 81, seu último ano competitivo, enfrentou Nelson Piquet e só foi derrotado na última prova do ano, em Las Vegas. Mesmo largando da pole position, teve problemas com o carro logo no começo da prova e não conseguiu resistir quando Piquet o passou para ganhar o campeonato. Depois, perguntado por que não jogara o carro em cima do Brabham do brasileiro e assim ganhar o título (sim, essa já era uma prática comum no começo da década de oitenta: 

1981 Willians FW07C.
1980 Willians FW07B.

Jones fizera isso com Piquet um ano antes), respondeu que jamais pensara em ganhar um título mundial dessa forma. Casado com Maria Noemi Claudia Bobbio Orellano, a Mimicha, de quem se separaria em 2006, Lole foi pai de duas meninas, uma das quais já lhe deu um neto. Desde 1991, enveredou pela política em seu país e já foi duas vezes eleito governador da província onde nasceu. Atualmente, ocupa o cargo de senador e claro, tem pretensões maiores. Mas de política eu não falo.

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo

Post de 28 de Outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O GAUCHO TRISTE





O santafesino Carlos Reutemann, foi um piloto que nunca foi unanimidade em sua terra,mas também jamais provocou indiferença. Amado pelos torcedores, era desprezado pela imprensa argentina. Perseguido pela sombra do mitológico Juan Manuel Fangio, nunca chegou perto de seus resultados, mas em dez anos de carreira participou de 147 GPs, teve doze vitórias, seis pole positions, seis melhores voltas, marcou 310 pontos e subiu ao pódio em 45 oportunidades. Claro que poderia esperar-se mais dele. O Chueco venceu campeonatos por todas as equipes onde passou. O Lole, foi algumas vezes atrapalhado por companheiros de equipe mais talentosos do que ele, caso de Lauda ou mais malandros como Alan Jones.

1971 estréia na Argentina com MacLaren.
 1973 Brabham BT42.

1974, GP da Argentina a tomada de ar quebrada forçou o consumo de combustivel.
1974 Brands Hacth.
1975, GP da Argentina Lolle e Pace, Brabham BT44B.
1975 Kyalami, Branham BT44B.

Considerado prudente, muitas vezes parecia largar para uma corrida disposto a não se arriscar: procurava manter uma posição entre os ponteiros e esperava que quebrassem os que iam a sua frente. Se ninguém tivesse problemas, terminava na mesma posição. Mas quando treinava bem, marcava bons tempos e saia na frente, dificilmente cometia erros e a vitória era sua. Às vezes parecia emocionalmente frágil, como quando ficou sem combustível na penúltima volta do GP da Argentina de 74, quando ocupava a liderança. O Lole chorou copiosamente; em outras vezes, era frio e determinado, como no GP da Grã-Bretanha de 78, quando aproveitou-se da hesitação de Niki Lauda para ultrapassar o retardatário Bruno Giacomelli e assumir a ponta, num drible antológico.


Ferrari 312T

Lotus 79.
Lotus 79 em Buenos Aires.

Poucos amigos, poucos sorrisos, alguns o chamavam “O Gaucho Triste”. Dizem os que o conheceram que se num dia estava simpático e agradável, no outro, cara amarrada e capaz de passar por um amigo sem cumprimentar. Em 81, seu último ano competitivo, enfrentou Nelson Piquet e só foi derrotado na última prova do ano, em Las Vegas. Mesmo largando da pole position, teve problemas com o carro logo no começo da prova e não conseguiu resistir quando Piquet o passou para ganhar o campeonato. Depois, perguntado por que não jogara o carro em cima do Brabham do brasileiro e assim ganhar o título (sim, essa já era uma prática comum no começo da década de oitenta:

1980 Willians FW07B.
1981 Willians FW07C.


Jones fizera isso com Piquet um ano antes), respondeu que jamais pensara em ganhar um título mundial dessa forma. Casado com Maria Noemi Claudia Bobbio Orellano, a Mimicha, de quem se separaria em 2006, Lole foi pai de duas meninas, uma das quais já lhe deu um neto. Desde 1991, enveredou pela política em seu país e já foi duas vezes eleito governador da província onde nasceu. Atualmente, ocupa o cargo de senador e claro, tem pretensões maiores. Mas de política eu não falo.

Carlos Henrique Mércio - Caranguejo