A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
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domingo, 5 de fevereiro de 2023

Antônio Octávio Ferreirinha - 14 de Fevereiro de 1936 - 4 de Fevereiro 2023

 

Ferreirinha e Chico - Já aos oitenta anois ajudando o Chico e seu super Fusca...
De bermudas brancas vencendo com Ricardo Achcar - Formula Ford Rio.

O papo rolando solto no paddock em Interlagos, Ferreirinha e Arturão... 
Torneio Internacional de Formula Ford 1970 - Seu sorriso sempre franco e sincero, com Liane Engeman. Atrás de camisa branca vejo Luiz Pereira Bueno.
 





Uma palavra sobre Antônio Octávio Ferreirinha:

Uma pessoa extremamente sincera cujo prisma era a verdade nua e crua ….. sem subterfúgios algum …. Grande profissional em que pilotos famosos se apoiaram em seus conhecimentos para vitórias incontestáveis …. Luiz P Bueno e Ricardo Achcar tiveram várias delas na Inglaterra a meca mundial de Motor Racing através do trabalho único de Antônio Ferreirinha …. A lembrar que chegaram lá ao meio da temporada e ao término dela Luiz Bueno se sagrou Vice-Campeão tendo o Ricardo também ganho corridas …. Era só Antônio a trabalhar nos dois autos da SMART  {{ Stirling Moss Auto Racing Team }} …… !!! Sempre estando seus motores dentro dos regulamentos vigentes que fazia questão absoluta de assim lavorar …. Na Super V, dentro do regulamento, os engenhos de Antônio eram os melhores ….

Que Deus o Receba de Braços Abertos em Sua Nova Jornada …. 

Chico Lameirão

 

 

Altas horas do sábado volto de São Paulo e ao chegar logo vejo uma mensagem de meu amigo Zé Carlos “Rui, o Ferreirinha...estamos perdendo nossas referencias meu amigo”

Ligo para o Benjamim Rangel, que está na Califórnia “Biju o Ferreirinha nos deixou”, triste meu amigo começa lembrar de seu tempo na Inglaterra junto a ele, “era um Lord Rui...”

Melhor que eu meus amigos falaram por mim.

Descanse em paz mestre. Vai fazer muita falta.

 

Rui 


domingo, 5 de junho de 2022

Bino

 

Foto arquivo Chico Lameirão

"Bino Heinz ….. última pilotada dele em terra Brasileira …. Renault 1093 # 40 /// Brasília 1000 Quilômetros … P 3 na Geral e P 1 na Categoria 850 cc" - Chico Lameirão

Foto arquivo Chico Lameirão

"Luiz P Bueno , Bino Heinz e eu …… Última vez que falamos com ele …. Chegamos em cima da hora ….. já estava embarcando e quando nos viu saiu da fila para umas últimas palavras …. A história poderia ter sido outra inclusive no cenário do nosso automobilismo …… mas assim estava escrito …..!!!" Chico Lameirão

Eugenio Martins e Bino quase venceram as Mil Milhas Brasileira de 1957 neste VW-Porsche preparado por Jorge Letry.



 No post anterior quando mostrei o Willys Mark II, fiz apenas uma pequena referencia ao seu nome, Bino Mark II, esperava uma foto que o Chico havia enviado tempos atrás quando Luiz e ele foram se despedir do amigo que seguia para França e Le Mans 1963, e que perdi.

Os comentários das duas fotos do Chico são dele, e abaixo mostro o texto dele para o livro de Paulo Scali.

Num país tão sem memória, e certas vezes tão distorcida, Paulo é uma referência, com muito conhecimento sobre o que escreve é sério, honesto e preciso é o grande historiador de nosso automobilismo.

                           Os textos e fotos abaixo são de seu livro “Bino – A trajetória de um vencedor” 


“Rui, ele era do seu tamanho, não sei como cabia na Berlinette ou Gordini” é o Chico comentando sobre o amigo.

No Tubularte-Porsche 






Luiz pilotando e vencendo com o carro que leva o nome do amigo.


Rui Amaral Jr






   








 








quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Equipe Z

 

Luiz observa Anísio, ao lado Chico, e ainda na primeira fila Antonio Carlos Avallone em p´pe ao lado de sua Lola.

 A equipe Z foi uma iniciativa ousada de Walter Uchoa, Anísio Campos e Luiz Pereira Bueno, compraram o Porsche 908/2, que pertencia ao piloto espanhol Jorge Bragation. Logo a seguir foi agregado à equipe o Porsche 910 de Lian Durte. 

Meu irmão Paulo me contou certa vez que Walter Uchou contou-lhe que na largada da primeira corrida do 908/2, no Torneio União e Disciplina, que já narrei aqui, ao ver o grande Luiz largando no último pelotão e acelerando para tomar a ponta ele quase teve um ataque cardiaco! Eles haviam investido muito naquela iniciativa, e o medo era uma panca já na estréia! Essa eu assisti da mureta dos boxes, maravilhado com a soberba tocada do Luiz.

Como Equipe Z foram algumas corridas, inclusive na Argentina, que mais tarde vou mostrar, agora as Seis Horas de Interlagos, já com o 910 de Lian com o grande Chico como seu parceiro.

Seis Horas de Interlagos 1971

A pole foi da dupla Luiz/Anísio com o 908/2 com Lian/Chico ao seu lado, Avallone com a Lola T70 e alguns Divisão 4, como o belo Furia-BMW de Jaime Silva e o protótipo Alfa construido por Anésio Hernandes e pilotado por Nathanael Touwsend. Outro dia bati um longo papo com o Anesio sobre este carro que tinha tudo para dar certo, mas se não me engano agora fez apenas uma ou duas corridas.

Luiz se prepara para largar na primeira das três baterias.

 Lian pulou à frente de Luiz, para logo a seguir ser ultrapassado, em terceiro chegou Jaime Silva com o Furia-BMW.

Anésio conversa com Nathanael antes da largfada.

Jaime e o Furia-BMW

 


Segunda bateria, Chico Lameirão e o 910.

Chico pulou na frente de Anísio para logo ser ultrapassado, algums voltas depois o 908/2 parava com um rolamento de roda danificado. Chico vence com Jaime em segundo e Abílio Diniz com a Alfa romeo GTAM em terceiro.

Lian e o 910.

Na terceira bateria Lian reinou absoluto, parte da corrida foi com chuva, Jaime bateu, Abílio foi sugundo com o Puma de Waldir Olio em terceiro.



Uma volta com Lian e o 910.

FINAL

Graziella, Artur Bragantini e Regina Calderoni.

 A Graziella, que subiu semanas atrás, ao Artur que também subiu alguns meses atrás, minha eterna adimiração.

A Regina, minha querida amiga um beijão. 

Obrigado ao Chico, Anésio e Caranguejo -Carlos Henrique Mércio. 

Feliz 2022 a todos, que seja um ano muito mais leve que este que nos deixa, um ano de encontros.



Rui Amaral Jr   















 


   


  



terça-feira, 7 de dezembro de 2021

500 Quilômetros de Interlagos 1971

 

A tocada de Luiz era soberba!
Chico com a viseira aberta.



 Confesso a vocês, outro dia meu amigo Walter fez uma referencia sobre os 500 Quilômetros de Interlagos de 1971 e fiquei boiando, perplexo nada lembrava da corrida. Hoje fui até minha coleção de antigas revistas Quatro Rodas e acabei encontrando a edição de outubro de 1971 o relato e as fotos da corrida.

Duas coisas me chamaram atenção, o segundo lugar do Chico e depois o resultado da Uma Hora de Calouros, quando meu amigo João Carlos Bevilacqua chegou nem quinto na vitória de outro amigo o Jacob Kourouzan.

Logo mandei o recorte ao João e ao Chico via WhatsApp. Depois num longo papo com o Chico, lembramos de muitas coisas, e aqui sentado tentando escrever para vocês muito me veio à lembrança, e agora conversando com o João muito mais.

Tenho uma coleção da QR, revista que fora os grandes testes que meu amigo Expedito Marazzi fazia com os carros de então, eu pouco lia, seus relatos de corridas eram parecidos com aquelas novelas onde o campeão para na última volta e recupera trinta posições para vencer no final. Expedito escrevia sobre o que conhecia e com muita propriedade, faz falta o amigo.

E fui lembrando...Não corri a Uma Hora de Calouros, mas estive lá com os amigos, depois obviamente assisti os 500 Quilômetros, que se não me falha a memoria foi a estreia da Hollywood patrocinando a Equipe Z de Luiz e Anisio, onde também corria o Chico, que por ela foi Campeão Brasileiro de Formula Ford no mesmo ano.

Agora mesmo conversando com o João ao telefone lembrei de estar no grid da Uma Hora de Calouros cumprimentando os amigos, muitos perguntando o motivo pelo qual eu não iria correr, havia corrido semanas antes no Torneio União de Disciplina. Lembro dele, do Jacob, Guaraná e tantos outros...Lembrar é viver novamente bons momentos.

Nos boxes fuçava em tudo, ainda não era amigo do Chico e do Anisio, mas fui cumprimentar o Luiz, Avallone e outros que já conhecia.

Lembro do acidente do Casari com a T70 na curva Três, as Lolas, Porches, os belos protótipos da Bhrama, os Pumas, o Royale de Celidonio e do incrível Carlinhos Aguiar e sua carretera.

Tarde da noite pergunto ao Caranguejo – Carlos Henrique Mércio – sobre uma foto que procurava, era a tomada da curva Um com Luiz, Carlinhos, Avallone e infelizmente não encontramos. Em compensação recebi dele a edição da Auto Esporte com uma bela cobertura da corrida.  

A corrida...Bem a corrida foi de inúmeras quebras, a T70 do Baixinho quebrava muito, os protótipos do Rio, com Casari à frente também, mas foi sem duvida alguma um grande espetáculo que Mestre Luiz soube conduzir com maestria, como sempre.

Eduardo Celidôneo, que infelizmente nos deixou há pouco tempo, com o Royale-Alfa.
Aqui à frente do Puma de Valdemyr Costa.
Avallone e a T70, notem a tocada do Baixinho.
Acredito que na curva Um, Avallone, o Puma de Artur Bragantini, o Furia de Olavo Pires e a carretera de Carlinhos Aguiar. Carlinhos para mim foi uma surpresa, tocada firme e segura era muito rápido, Expedito me apresentou a ele no ano seguinta.
NT: Na AE o motor da carretera é designado como 3.800cc mas na Sports Cars como 4.500cc que acredito mais correto.
Os belos protótipos da equipe Brahma, a esquerda Norman Casari e à direita o REPE 227 de Renato Peixoto.
Jacob no grid.
Jacob, João Carlos Bevilacqua e Edo Lemos, três amigos do coração.



A Auto Esporte que o Caranguejo enviou. 
Na semprte confiavel Racing Sports Cars a relação dos inscritos entre eles meu amigo Benjamim "Biju" Rangel..
link


Aos amigos que fiz nestes cinquenta anos meu fraterno abraço, ou abraçalhão como diz o João.

Obrigado Caranguejo  

 

Rui Amaral Jr

 

OS: Mais tarde conto sobre as Seis Horas de Interlagos, quando ainda como Equipe Z Chico e Lian venceram com o 910.



sexta-feira, 19 de novembro de 2021

GP do Brasil 1973 - Interlagos - a saga de Luiz...

 

Uma "leve" saída de frente no Bico de Pato!





 Confesso a vocês que escrevi um longo texto sobre a participação do Luiz neste GP. Quanto mais escrevia mais situações vinham em minha memória, deletei tudo.

Deletei ao lembrar de um advogado que tive, membro de um grande escritório, era sábio e ponderado e me dizia sempre “falar é prata, calar é ouro”, e nesse instante lembrei de outra dele “é ouro sobre azul”.

Luiz era ouro sobre azul.

Dedico este aos queridos amigos que foram muito próximos ao Luiz em seu final de vida; Bird, Chico e ao casal Sonia e Ronaldão Nazar.

 

 

Rui Amaral Jr














quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Conta Chico...

 



 Ele me liga por volta das 17h e conta da entrevista, problemas tecnicos impediram que ela fosse mostrada ao vivo, então aí vai...Conta Chico!

Valeu Gildo.

Rui Amaral Jr  

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Conheço esta história....

 


 No final da década de 1980 dois franceses estavam no topo da "cadeia alimentar" do automobilismo mundial. Um era o mais alto dirigente do automobilismo e o outro bicampeão do mundo da Formula Um e reinava absoluto numa equipe de ponta rumo ao seu terceiro titulo mundial. Mas eis que a equipe contrata um brasileiro rapidíssimo, super focado em sua carreira e que jamais cairia nas artimanhas fora das pistas do francês, e vence em 1988 o mundial que já era favas contadas para seu companheiro de equipe.


 1989, chega Suzuka, a penúltima prova do mundial, Alain, o francês,  com quatro vitórias no mundial está dezesseis pontos à frente de Ayrton, que apesar de haver vencido seis vezes, deixou de marcar pontos em seis provas. Mas vinha num crescendo, tendo vencido a corrida anterior.
Ayrton faz a pole, mas quem assume a ponta é Alain, depois da metade da corrida Ayrton sente que chegou a hora de ir para cima, e numa grande manobra cocola seu carro ao lado de Alain na chicane. É quando o francês descaradamente e mostrando dentro da pista o mesmo caráter que até então mostrava fora delas, vira o volante e acerta Ayton. Alain abandona, sabe-se lá porque e Ayrton segue para vitória. Uma vitória que não lhe garantiria o titulo na próxima corrida, a última da temporada pois Alain continuaria sete pontos à sua frente. Mas acredito, até porque Alain tinha uma certa experiência, esta com um Cadango, que tirou de suas mãos um titulo mais do que vencido, articula com o outro francês e a vitória na pista é tomada de Ayrton no tapetão.
 

 Chega 1990, Alain deixa ingrata McLaren e vai para Ferrari, disputa o campeonato par a par com Ayrton, e chega à mesma Suzuka com onze pontos a menos que Ayrton, com cinco vitórias na temporada e o brasileiro com seis.  
 Ayrton faz a pole, mas quem toma a ponta na largada é Alain, maasssssss...


 Não vou comparar o toque de Lewis em Max à nenhuma situação vivida trinta anos antes. E apesar de não gostar da atitude de Lewis trazendo a politica para dentro do esporte jamais o compararia a Alain. Mas em Silverstone os comissários técnicos foram condescendentes com Lewis ao darem apenas 10 segundos de punição, afinal ele e Max estão constantemente abrindo muito mais que esta vantagem sobre os outros, e uma punição deste tamanho certamente entregou a ele a vitória, já que Max não pode largar novamente.


No dia anterior Max tinha dado o tom do que seria corrida, um show!

  Não que eu pense que a história vai se repetir, mas decisões como estas dos comissários levam para a pista cenários que podem terminar em tragédias.

Rui Amaral Jr

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Saudades dos amigos

 Sábado de Sol em São Paulo, Chico, Celso Freitas e eu nos encontramos na Praça Panamericana para um café e um delicioso papo entre amigos que não se viam há tempos por conta da pandemia. 

Um abração Chico e Celso,

Rui