A VERDADE NÃO SERIA BASTANTE PLAUSÍVEL SE FOSSE FICÇÃO - Richard Bach
Mostrando postagens com marcador Vittorio Jano. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vittorio Jano. Mostrar todas as postagens

domingo, 1 de dezembro de 2013

D50 a Lancia que virou Ferrari...



Numa foto enviada por meu amigo Chico Pellegrino a Squadra Lancia em Mônaco 1955, #32 Luis Chiron, #28 Liuigi "Gigi" Villoresi, #27 ? e #26 Alberto "Ciccio" Ascari.  

Oficialmente a Lancia não se envolvia em competições mas no começo da década de 1950 Gianni Lancia, filho do fundador da marca Vicenzo Lancia, resolve voltar às origens já que Vincenzo antes de começar a construir foi piloto de competição décadas antes.

Ciccio Ascari vence as Mille Miglia com a D24



E o começo da década foi repleto de vitórias para Lancia, venceu a Targa Florio por três anos consecutivos, 1952 e 53 com a bela Aurelia D20, em 52 pilotada por Felice Bonetto quando fez 1º, 2º e 3º lugares, 53 com Umberto Maglioli. 54 a lancia resolve correr na categoria Esporte e com a D24 vence a Targa Florio com Piero Taruffi, e com o astro contratado Alberto “Ciccio” Ascari vence as Mille Miglia.

Gianni Lancia e Ciccio Ascari

Por volta de 1952/53 Gianni entrega ao conceituado e vitorioso engenheiro Vittorio Jano a tarefa de projetar e construir o Formula Um da marca, e Jano criou uma bela e eficiente maquina de vencer!
Seu motor V8 fazia parte do chassi tubular, algo usado amplamente apenas na década seguinte, dianteiro na posição longitudinal estava à 12º do eixo imaginário do centro do carro, o cambio transversal com diferencial acoplado estava colocado atrás, essa combinação possibilitou à Jano fazer um carro com baixo centro de gravidade passando o eixo cardã ao lado do piloto, não no centro como era habitual nos carros de então. Nas laterais acoplou dois apêndices aerodinâmicos, no começo para os tanques de combustível com cerca de 90l cada, e que depois entre outras coisas serviam para os reservatórios de óleo e tanques  de combustível extras podendo de cada lado transportar 30l de combustível.

GP de Nápoli, corrida extra oficial, primeira vitória com Ascari.
Juan Manuel Fangio com a Ferrari D50.
De Portago

Para pilotar o extraordinário D50 Gianni trouxe ninguém menos que o bi campeão mundial Alberto “Ciccio” Ascari, mas... “A QUE FOI SEM NUNCA TER SIDO” e "O HOMEM DO CASCO AZUL"
Quebrada a Lancia entrega seus maravilhosos D50 à Ferrari e este carro com a denominação Ferrari D50 foi campeão mundial em 1956 nas mãos de Juan Manuel Fangio e a sucessora Ferrari 801 correu até a estréia da Ferrari Dino 246, claramente inspirada na D50 e que foi campeã do mundo em 1958 com Mike Hawthorn. 


MOTOR:  projetado pelo engenheiro Ettore Zaccone Mina, V8 a 90º de liga leve de alumínio, 2.485.99cc com diâmetro de 76mm x 68.5mm de curso, quatro comandos de válvulas nos cabeçotes, quatro válvulas por cilindro, duas velas por cilindro. A principio Zaccone previa o sistema de injeção direta igual ao das Mercedes Bens W196 mas Jano insiste em um sistema tradicional e adotam a alimentação por quatro carburadores duplo corpo Solex 40 PIJ. Na primeira versão do carro os tanques laterais
levavam 80/90 litros cada. Com cerca de 240 HP no começo chegando aos 265 nas últimas corridas.

CAMBIO, DIFERENCIAL: na traseira com cambio, diferencial e ficção em uma única peça acoplado à ponte De Dion.

SUSPENSÃO: dianteira dois braços triangulares, traseira De Dion. 

CHASSI: Tubular com o motor como parte da estrutura.

Comprimento 3850 mm
Largura 1448 mm
Altura 962 mm
Entre eixos 2280 mm



Ferrari D50, nota-se algumas modificações como a barra estabilizadora na suspensão dianteira. 



Peso 640 kg

Sete vitórias na Formula Um e o campeonato mundial de  construtores e pilotos de 1956 como Ferrari D50 nas mãos de Fangio. 

Ferrari Dino 246 com Peter Collins, uma evolução da D50 campeã do mundo em 1958 com Mike Hawthorn.

Belo vídeo com o incrível Fangio






Aos meus amigos João Carlos Bevilacqua e Ricardo Bock.

Rui Amaral Jr